Vem,
colhe-me,
com arte e com engenho,
vindima este meu corpo,
e este amor que te tenho...
No descanso do Outono,
enquanto a chuva não vem,
espreme-me contra a tua pele,
colhe dela o que ela tem...
Leva-me para o teu lagar,
espezinha as minhas vontades,
e guarda-me na tua memória,
nesse teu álbum de vaidades...
Depois quando nada de mim sobrar,
seja eu apenas lembrança,
bebe do vinho já bebido,
enquanto o Inverno avança...
*** Ártemis ***