este amor divino,
que enganou o destino,
e chegou a mim,
desconjurando a pele,
e entrando fiel,
no meu peito por fim...
Ele é a minha cruz,
que encanta e seduz,
o meu corpo ruim,
deixando-o nas malhas,
das vontades canalhas,
que nascem de mim...
Sou mais uma pecadora,
sem nenhuma salvação,
a carne é a culpada
da minha condenação...
vou enfrentar o inferno,
sem culpa sentir,
afinal do amor,
ninguém consegue fugir...
quem peca sabendo,
e não consegue evitar,
Deus no fundo entende,
e há-de perdoar...
Talvez Ele também tenha amado,
e na pele também sentiu,
as falas de um amor,
que o silêncio assistiu...
*** Ártemis ***