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As tuas palavras tornam-se ordens na estirpe do meu desejo…coloco-me à tua frente…olho para dentro dos teus olhos e leio a tua alma…e nesse devaneio deixo-me ir pelo chamamento do teu corpo, intenso, vago, pronto para ser ocupado pela minha fantasia. Desbravo a tua pele com os meus lábios, ansiosos de ti…sinto a saliva cada vez mais quente…vou-a abandonado pelos recantos do teu corpo, tu estás ali entregue ao meu toque, ao meu cheiro e a este corpo que se transformou em matéria inflamada.
Ajoelho-me, sinto-me pronta para delinquir e para carregar comigo todo o teu desassossego. Volto a olhar-te, (humm, o que eu gosto de comunicar contigo através do olhar, consegues dizer-me tanto), entre uma das tuas mãos seguras o tema da minha insurreição e eu observa-o…quero tomá-lo de ti e tu deixas…cerras os olhos e deixas-te apenas guiar pelo meu querer.
Golpeio-o com simples beijos, mas a minha língua perturbada quer deliciar-se com o teu sabor e inicia uma procura insaciada. Sinto na minha boca a grandeza do teu prazer…contrais-te a cada movimento meu…estás a ensandecer e seguras no meu cabelo para demarcar o teu domínio. Pego-te numa das tuas mãos e encaminho-te, quero que o segures também…quero partilhar contigo aquele espaço atormentado e que sintas os meus lábios a afundar nele…isso deixa-te completamente rendido.
A minha saliva cobre toda a superfície, deixando-o macio, soberbo…cada vez mais apetecível ao deslizar da minha boca…para te acender ainda mais, mordisco aqui e ali quebrando a tua segurança e deixando-te volúvel.
Sinto todo o meu corpo a evocar-te …e para aquietar este sentir…passo o teu membro enérgico pelos meus mamilos, desejo que sintas a sua firmeza e o calor que emanam…
Da tua boca apenas soltam-se gemidos…estás entregue ao prazer!
continua em:
De olhos bem fechados...
*** Ártemis ***