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Voa...

Voa borboleta, voa,
que o teu destino é voar,
Deus desenhou as tuas asas,
com recortes do luar...

maravilhosa criatura,
que dás vida ao céu,
pareces um anjo colorido,
que do paraíso desceu...

salpicas o horizonte,
e retens o meu olhar,
nessa tua beleza tanta,
que me deixas a pensar...

O que procurarás tu pelos céus,
oh inocente figura,
será que buscas o amor,
dentro da noite escura?...

Saberás tu que o Sol,
não lhe foi permitido amar
ele queima todo aquele,
que por ele se apaixonar...
 
Então procura-o só no alvor,
quando ele no céu se espreguiçar,
ai podes aproximar-te,
e namorá-lo com o olhar...

Voa, borboleta, voa,
e deixa-me ir no teu voar,
longe do amor também estou eu,
e nem se quer o posso olhar...

A mim Deus não me deu asas,
não me desenhou ao luar,
mas deu-me os sonhos,
são eles que me fazem voar...

*** Ártemis ***