Bastavas-me tu,
bastava-te eu,
bastávamo-nos este amor,
que tanto mas tanto nos deu...
Que é feito dos dias,
em que nos esquecemos do mundo,
e caiamos nos braços um do outro,
num abraço tão profundo?...
Tu em mim te completavas,
e eu culminava em ti,
dois corpos unidos,
num sentimento sem fim...
Bastávamos nós dois,
para iluminar a escuridão,
com as candeias acesas,
dessa nossa paixão...
Tu foste os meus olhos,
quando cega não vi,
que o Amor crescia,
bem dentro de mim...
Eu fui a tua palavra,
quando te faltou a voz,
no silêncio dos afectos,
que brotavam de nós...
Onde estão as promessas,
de mãos enrugadas,
que já não segurarão o tempo,
mas caminharão abraçadas?...
Que é feito de ti,
que de mim fiz eu,
que só nos leio nas linhas,
que alguém escreveu...
*** Ártemis ***